A arte de Persuadir!

Antes de começar a falar da persuasão, o autor Leonardo Gonçalves sentiu uma grande necessidade em entender onde e quem deu origem ao ato de persuadir. O primeiro passo foi descobrir a sua origem e seu significado, a palavra persuadir vem do latim, “persuadere” que significa aconselhar, induzir até que concorde em fazer o que queremos, no dicionário Larousse a palavra significa levar a crer ou aceitar.

Como é uma palavra muito utilizada atualmente na comunicação, engana-se quem acredita que este é um termo novo, pois o ato de persuadir é uma estratégia bem antiga. Que o diga a mitologia grega! Nela a persuasão estava presente, representada pela Deusa da Persuasão, conhecida como Peithô para os gregos e Suadela para os povos que falavam Latim. Ela tinha a fisionomia feliz e pronta a induzir as pessoas, vestia roupas modestas, porém com ótimo acabamento e gostava de se relacionar bem com as pessoas. Mercúrio lhe deu a palavra com a arte de conquistar os corações por meio de discursos insinuantes e tinha um penteado no formato de uma língua humana. Para algumas interpretações o formato da língua simbolizava a fala, sendo a comunicação à forma perfeita de persuadir. Peithô atraia para si um animal exótico que tinha três cabeças, trazendo para os dias atuais, a Deusa da Persuasão passa a simbolizar a empresa que se valoriza por meio da comunicação e o animal todos os seus stakeholders.

Atualmente, para influenciar no discurso da comunicação não temos a Deusa Peithô para nos ajudar, temos que conhecer o cliente, o produto e o consumidor. Muitos pensam que a persuasão é como uma venda forçada, um vendedor insistente. É um erro pensar que persuasão se resume apenas na argumentação. Você pode argumentar defendendo sua posição de forma tranqüila, mas isto é apenas parte do processo; você precisa estabelecer empatia com quem você deseja comunicar, ligar-se a eles e criar emoção. Dentro da empresa, a persuasão não pode ser um esforço único do departamento de comunicação, a empresa como um todo precisa estar ciente da importância que é persuadir.

Para o senso comum o ato de persuadir equivale a convencer, porém apresenta um significado amplo. Para César Souza, por exemplo, no livro Você é do Tamanho dos Seus Sonhos, ele afirma que é necessário que o empreendedor (empresa) estabeleça uma sintonia para entender as necessidades dos clientes, é o que ele denomina como “clientividade”, conceito que ele próprio inventou para “simbolizar as atitudes voltadas para a arte de conquistar, encantar e fidelizar clientes”. O que é isto, se não um ato de persuadir?

Um dos exemplos mais impressionante foi à campanha política de 2004 nos Estados Unidos, onde republicanos e democratas apostaram alto no marketing pessoal, vislumbrando a chegar na frente. Segundo o Professor da Universidade de Ohio, Peter Swire, “até os discursos dos candidatos foram minuciosamente preparados para atingir cada parcela da população definida como público-alvo”. Esse é um grande exemplo que a mensagem de persuasão é utilizada em todas as comunicações e como ela é importante. O grande segredo das mensagens persuasivas é fazer com que as próprias pessoas se persuadam.

A partir da leitura deste artigo, conhecemos um pouco da origem da palavra persuasão, e como foram as primeiras atitudes persuasivas, da forma com que isto era feito, e dos meios que eram utilizados. Nos diz também que o pensamos sobre persuasão é muito menor do que o seu real significado, e finaliza deixando uma frase que nos faz pensar: “. O grande segredo das mensagens persuasivas é fazer com que as próprias pessoas se persuadam.”